sábado, 19 de maio de 2012

Rita Lee evoca santos e demônios ao falar de amor, sexo e morte no CD 'Reza'






 Bem que Rita Lee cogitou batizar de ‘Macumbinha’ o álbum de inéditas que vai lançar no começo de maio pela gravadora Biscoito Fino. O disco acabou sendo intitulado ‘Reza’, nome também apropriado, pois a roqueira evoca santos e demônios em repertório autoral no qual fala de amor, sexo e morte em letras geralmente espirituosas.
 Reza’ é o primeiro disco de inéditas de Rita Lee em nove anos. Não chega a ser antológico como o anterior ‘Balacobaco’ (2003), mas é bom e, de certa forma, soa diferente na discografia da artista porque o DJ Apollo Nove assina a produção com Roberto de Carvalho, fiel parceiro e escudeiro de Rita. Curiosamente, é Roberto quem pilota a maior parte das programações do CD, gravado com boa dose de eletrônica. ‘Bixo Grilo’ conecta o som de Rita aos tempos cibernéticos. Mas são rocks de sabor bem pop, como ‘As Loucas’ e ‘Reza’, que vão cair na boca de fãs novos e antigos (‘Reza’ já é hit na trilha sonora da novela ‘Avenida Brasil’.Entre o baticum exorcista de ‘Pistis Sophia’ (faixa gravada apenas com a percussão de João Parahyba, do Trio Mocotó) e e o balanço existencial feito no rock ‘Vidinha’, Rita reanima seu espírito tropicalista em ‘Paradise Brasil’, faz piada no jogo de palavras italianas de ‘Tutti Fudditi’ e se joga na pista dos anos 80 com o DJ Zegon em ‘Divagando’.
‘Reza’ reitera a fé de Rita Lee na liberdade tropicalista. Sua ‘macumbinha’ é boa.


POR Mauro Ferreira  "O Dia Online "

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